HPV - Papiloma Vírus Humano.

Olá blogueiros!

Hoje resolvi falar sobre um assunto sério, que é, e tem que ser, de interesse de todos sejam homens ou mulheres, o HPV. Aham, tá... mas, o que é HPV?

Bom, HPV é a sigla usada para designar o papiloma vírus humano, que na verdade não é um vírus e sim vários deles juntos, chegando a quase 150 tipos de vírus distintos juntos. Existem vários tipos de HPV, uns causam verrugas nas palmas das mãos e planta dos pés, e, outros podem provocar lesões precursoras de câncer na região genital. Atualmente o HPV é uma das principais doenças transmitidas pelo ato sexual e também está relacionado a boa parte dos casos de câncer na região genital. Certo, você pode estar pensando: "Sim, e o que é que eu tenho a ver com isso?!"... Uhm, isso tem a ver com você simplesmente porque hoje, 8 a cada 10 mulheres sexualmente ativas, ou seja, 80% das mulheres contraem pelo menos um tipo de HPV ao longo da vida... Então se liga!

Tá, eu vou ignorar o fato de todos terem acesso à informação nos dias atuais... Mas, como acontece o contágio do HPV?

A forma mais comum de contrair o HPV é através do contato sexual, e poooode incluir aí as preliminares e o sexo oral. Ou seja, basta um pequeno atrito com a mucosa infectada pelo HPV [mãos, boca, genitália] para entrar para a estatística dos infectados pelo vírus. Vale salientar que com apenas uma relação sexual sem penetração já é o suficiente para se contaminar... É isso mesmo que você leu, sem penetração! Também é bom lembrar aqui que toalhas, roupas e superfícies [assento do vaso sanitário, copos, talheres...] também facilitam a transmissão do vírus e o vírus pode atingir várias partes do corpo. Calma, não precisa se desesperar! Não é porque você bebeu água no mesmo copo que uma pessoa que tem HPV, que você já está infectado pelo vírus... Isso pode acontecer? Pode, mas a contaminação pelo uso objetos é muito rara.

O melhor mesmo é se prevenir, e, quando o assunto é prevenção, algumas atitudes são indispensáveis!

Então, evite ter vários parceiros, [afinal você não é restaurante para fazer rodízio] e usar preservativo [a velha e famosa camisinha]. Outra coisa que é bom lembrar aqui, o uso de preservativo, não garante proteção total contra o HPV porque não cobre toda a superfície de contágio, mas, não é por causa disso que você vai deixar de usar! Também existe outra forma de prevenção muito eficiente contra o HPV, que é a vacina.

A vacina contra o HPV é recomendada para jovens com cerca de 9 a 26 anos de idade, são um total de 3 doses [cada dose custa em torno de 400 reais], e, o ideal recomendado pelos médicos é que a vacina seja tomada antes da iniciação sexual, ou seja, quando você ainda não teve chances de ter contato com o vírus, mas isso não impede que você tome a vacina depois de já ter iniciado sua vida sexual. A vacina contra o HPV é muito eficaz, possui cerca de 95% de sucesso no combate aos principais tipos de HPV causadores de câncer e também contra os tipos de HPV que provocam verrugas genitais [no caso da vacina quadrivalente]. Porém, tomar a vacina e usar preservativos não quer dizer que você está totalmente protegido, e, isso não exclui a necessidade de realizar exames de detecção do vírus rotineiramente.

A infecção por HPV pode ser detectada através de exames como:

• Papanicolau - O médico faz uma coleta de material no colo do útero com auxílio de uma espátula e coloca em uma lâmina de vidro. A lâmina será analisada em um microscópio para verificar se existem alterações nas células. Vale salientar que o exame do papanicolau não identifica o vírus, apenas alterações provocadas por ele nas células!
• Colposcopia/Peniscopia - O médico utiliza nesse exame um aparelho chamado colposcópio, que é capaz de ampliar 20x a imagem [vagina, vulva, colo do útero, pênis e ânus] e para mostrar as lesões, um líquido reagente é passado na mucosa. Caso exista a presença de alguma reação ao líquido é sinal de que existe lesão na mucosa, provavelmente, causada por algum tipo de HPV.
• Biópsia - A biópsia é feita quando os métodos anteriores acusam alguma alteração. Nesse exame o médico retira uma pequena amostra do tecido com suspeita de infecção e manda para análise, que será feita com o uso de reagentes e micorscópio.
• Captura híbrida - Neste exame o médico coleta com auxílio de uma escovinha um pouco de material da mucosa do colo do útero, depois, essa escovinha é colocada em um recipiente com um líquido especial para conservar as células. Esse exame acusa a presença do HPV mesmo se não houver nenhum sintoma, e, determina se o tipo do HPV é de alto ou baixo risco.

Ok, você foi ao médico, fez o exame e no resultado acusou que você está com HPV. Peraí, não precisa se desesperar novamente... HPV tem cura!

Existem várias formas de tratamento para HPV, e, entre as opções estão o uso de: laser, substânicas químicas, cremes, pomadas cicatrizantes e bisturi elétrico. Contudo, para curar uma lesão causada por HPV é preciso muuuuuuita paciência. Mas não tem para que perder noites de sono se você acabou de descobrir que está com HPV, hoje, o diagnóstico e o tratamento do vírus é bem conhecido pelos médicos. E, justamente por isso, os médicos levam muuuuito em conta os aspectos emocionais e imunológicos do paciente infectado, porque, o estresse, má alimentação e poucas horas de sono são grandes problemas para quem está em tratamento contra o HPV. Vale salientar para os fumantes de plantão que o cigarro ataca no sistema nervoso e imunológico, deixando as defesas do corpo mais fracas e permitindo que o vírus fique firme e forte no organismo por mais tempo. Então, se você é fumante e descobriu que está com HPV, que tal tratar da infecção pelo vírus e parar de fumar?!, assim você elimina dois problemas de uma vez só.

Enfim, a prevenção é o melhor caminho, pois, nunca estamos totalmente livres de um contágio seja pela doença que for. E como diz o veeeelho ditado: "É melhor prevenir do que remediar!".

Até mais.  :)